Antes de ser uma história de um menino que faz isso e aquilo, o livro do Mil Nomes é um compêndio. Uma espécie de "mapa estelar" em que eu apresento um vasto universo criativo a ser explorado por mim... Ou por quem assim o desejar.
Eu não posso comentar muita coisa sem estragar a trama do livro mas, da mesma maneira que o Discworld do Terry Pratched (que, aliás, me inspirou indiretamente), eu ofereço ao leitor um imenso e gigantesco palco em que meus personagens possam explorar, se divertir, viver, amar e morrer sob inúmeras possibilidades.
Só que eu naão mantive meus personagens atrelados a um lugar só como, por exemplo, Alasehir, o grande mundo solar.
Que nada! Nem a casa do Mil Nomes pode ser limitada a um lugar com quarto, sala, cozinha. Ela se estica para o Inconsciente do menino, para os porões da sua alma e se tornando, conforme é explicado no livro, tão vasta quanto um planeta.
Eu tomei cuidado para que a palavra "infinito" não fosse apenas um mero enfeite. O Infinito existe, sim, a medida que as mentes humanas são planetas, seus habitantes são desde pensamentos às essências dos humanos mortos, as máquinas e animais tem alma, os mundos não estão atrelados ao conceito de Tempo pois existem no passado, presente e futuro...
Para que a imaginação, minha e do leitor, não tenha limites.
Mil Nomes não tem limites. Ele pode ir para onde quiser, fazer o que bem entender; superou a Morte, vive na Eternidade com sua casinha e suas esposas. Ele goza de uma liberdade que, até então, nenhum personagem que conheci poderia ter.
Pois pode ir a todo e qualquer lugar... Desde que não haja alguém mais forte do que ele a lhe impedir.
Por ser um inverso tão grande, o Supra-Mundo e mesmo os personagens que nele habitam são dos leitores.
São de quem quiser escrever algo a respeito, ou desenhar, pintar, compor, o que quer que seja.
Pois a minha criação é meu presente para a Humanidade. É meu legado, meu carinho e meu amor a todos os seres humanos.